1.1. Justificativa
A história industrial do Brasil é muito recente, tentando pular fases de desenvolvimento de centenas de anos. A indústria se instalou no pós-taylorismo, com a utilização de trabalhadores como mão-de-obra, porém sem conhecimento especifico. Trabalhadores que foram treinados na realização de simples funções.
A necessidade da profissionalização apareceu com a explosão industrial das grandes montadoras. Nas escolas internas das indústrias, iniciou-se a formação de profissionais principalmente para operacionalização das máquinas de produção. Mais tarde, foram ampliados os treinamentos, entretanto, sempre a partir de demandas pontuais geradas por problemas específicos. Qualidade, produtividade, administração e planejamento da produção, análise de defeitos, TPM (manutenção total na produção), Just In Time etc... novos sistemas produtivos com os quais a indústria gastou verdadeiras fortunas na implantação tendo um baixo retorno a princípio, porque deixou de formar profissionais, com o conhecimento abrangente e necessário para resolver os problemas.
Torna-se então fundamental a presença de profissionais preparados - Mecânicos conhecendo as máquinas, os componentes, a qualidade dos materiais, a tolerância de montagem, os circuitos hidráulicos. Operários, que tocam a sua máquina como um violinista toca o seu instrumento, levando o processo à máxima eficiência, dominando as ferramentas de trabalho e de medição, mantendo a máquina sempre em estado perfeito e limpo, dominando o computador, para realizar o próprio controle de qualidade, produção e custos. (Wolf D. Ratsch).
O crescimento exuberante das exportações fez com que o nível de atividade da indústria paulista registrasse um aumento de 2,6%, segundo dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A indústria ainda operou com 80% de sua capacidade, mas nos setores voltados para a exportação, esse limite está mais próximo do teto.
Depois de um longo período de estagnação, as empresas voltaram a contratar em todo o país, principalmente com carteira assinada. Esse emprego é de boa qualidade, por incluir os benefícios sociais de praxe.
A radiografia feita por Marcio Pochman, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostra que 60% dos novos empregos são ocupados por jovens de 15 a 24 anos com, pelo menos, 8 anos de escolaridade (40%) e predominantemente do sexo masculino (70%). A indústria puxa a fila de contratações, com 40,9% dos empregos formais criados.
Neste cenário e na conjunção das inovações organizacionais e tecnológicas, acentua-se a importância da escola, especificamente a escola profissionalizante, na formação de trabalhadores qualificados, em face das mudanças nas regras do mercado que exigem qualidade maior dos produtos e flexibilidade nos processos produtivos. "A indústria mecânica exige um alto nível de intervenção por parte do trabalhador, cuja organização do trabalho baseia-se em alto grau de divisão e especialização de tarefas" (Magda de Almeida Neves, 1994).
A mecânica é um dos setores industriais que absorve grande gama de profissionais. O campo de atuação para técnicos de mecânica é muito amplo. O TÉCNICO EM MECÂNICA poderá exercer atividades em empresas públicas e privadas que utilizem equipamentos mecânicos, pneumáticos, hidráulicos e eletromecânicos, inclusive os assistidos por computadores, tais como: montadoras e concessionárias de veículos, empresas de ônibus, locadoras de veículos e oficinas especializadas. Considerando o aspecto do empreendedorismo, o TÉCNICO EM MECÂNICA poderá, também, construir seu próprio negócio para prestação de serviços às empresas.
Os principais requisitos apontados pelas empresas para a contratação de pessoal diz respeito à sólida base de conhecimentos, à flexibilidade para atuar em situações adversas, à capacidade do profissional para agir e adaptar-se a fim de acompanhar as mudanças do mercado de trabalho.
Para a formação de profissionais com esse perfil, tendo em vista as exigências e a diversidade do mercado de trabalho, o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza propõe a Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio de TÉCNICO EM MECÂNICA.
1.2 Objetivos
1.3 Perfil Profissional de Conclusão
MÓDULO IV
Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio: TÉCNICO EM MECÂNICA
O TÉCNICO EM MECÂNICA é o profissional que elabora projetos mecânicos
e sistemas automatizados. Monta e instala máquinas e equipamentos. Planeja
e realiza manutenção. Desenvolve processos de fabricação e montagem de
conjuntos mecânicos. Elabora documentação, realiza compras e vendas técnicas
e cumpre normas e procedimentos de segurança no trabalho e preservação
ambiental.
1.4 Organização Curricular
1.4.1. Estrutura Modular
O currículo foi organizado de modo a garantir o que determina Resolução
CNE/CEB 04/99 atualizada pela Resolução CNE/CEB nº 01/2005, o Parecer CNE/CEB
nº 11/2008, a Resolução CNE/CEB nº 03/2008 a Deliberação CEE nº 79/2008
e as Indicações CEE nº 8/2000 e 80/2008, assim como as competências profissionais
que foram identificadas pelo Ceeteps, com a participação da comunidade
escolar.
A organização curricular da Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio de TÉCNICO EM MECÂNICA está organizada de acordo com o Eixo Tecnológico "Controle e Processos Industriais" e estruturada em MÓDULOS articulados, com terminalidades correspondentes às qualificações técnicas de nível médio identificadas no mercado de trabalho.
Os MÓDULOS são organizações de conhecimentos e saberes provenientes de distintos campos disciplinares e, por meio de atividades formativas, integram a formação teórica e a formação prática em função das capacidades profissionais que se propõem desenvolver.
Os MÓDULOS, assim constituídos, representam importante instrumento de flexibilização e abertura do currículo para o itinerário profissional, pois que, adaptando-se às distintas realidades regionais, permitem a inovação permanente e mantêm a unidade e a equivalência dos processos formativos.
A estrutura curricular que resulta dos diferentes MÓDULOS estabelece as condições básicas para a organização dos tipos de itinerários formativos que, articulados, conduzem à obtenção de certificações profissionais.
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